Por: Laryssa Borges, de
Brasília
O
relator da Comissão de Impeachment no Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG)(Antonio Cruz/Agência Brasil)
Com a possibilidade de alteração no cronograma do processo de
impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado, o relator da
comissão processante contra a petista, Antonio Anastasia (PSDB-MG), prevê que a
fase de pronúncia pode ser discutida e votada no plenário da Casa nos dias 12 e
13 de julho. As datas podem sofrer alterações porque dependem de agendamento do
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que preside
esta fase do julgamento da ação contra Dilma. Também podem ser influenciadas
porque Lewandowski terá de decidir se os prazos de alegações finais serão ou
não reduzidos de 15 para cinco dias para defesa e acusação, como decidiu hoje o
presidente do colegiado Raimundo Lira (PMDB-PB).
O juízo de pronúncia é a etapa do processo de impedimento que reúne
provas sobre o crime de responsabilidade contra a presidente afastada e abre
caminho para o agendamento do julgamento final do impeachment. Com a
possibilidade de novo calendário, senadores preveem para que a análise
definitiva do mérito do impeachment, situação em que Dilma deve ficar
inelegível por oito anos, ocorra ainda em julho.
Pelo novo calendário, as alegações finais escritas dos denunciantes, os
juristas Janaína Paschoal, Miguel Reale Jr e Hélio Bicudo seriam apresentadas
entre os dias 21 a 25 de junho, e as da defesa de 26 a 30 de junho. Com isso, a
leitura do relatório de Anastasia na comissão processante seria feita em 4 de
julho, com discussão no dia seguinte e votação no dia 6 de julho. Desta forma,
seria possível fazer a leitura do parecer no Plenário do Senado em 7 de julho e
a votação propriamente dita nos dias 12 e 13. O cronograma ainda precisa ser
aprovado pela comissão processante.
Depois da pronúncia, os juristas que pediram o impeachment - Miguel
Reale Jr, Janaína Paschoal e Hélio Bicudo - são notificados para apresentar o
libelo acusatório. Agendada a data do julgamento final do impeachment, para a
consolidação do processo de impedimento são necessários dois terços dos votos
do plenário do Senado, ou seja, 54 votos.
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